Alguns atribuem o significado da Páscoa ao chocolate, ou melhor, ovos de chocolate. Não é necessário falar que a Páscoa está longe de ser isso.
Já outros, afirmam que a Páscoa trata-se da ressurreição de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. E outros falam que trata-se de Sua morte…
Porém, a Páscoa na verdade é uma festa judaica que celebra a libertação do povo hebreu que estava sob o domínio egípcio (sim, época de Moisés). A morte e a ressurreição de Cristo ocorreu durante essa celebração, mas não foi o que a inaugurou.
Ouvi certa vez, alguém comentar que “o significado da Páscoa mudou, com a vinda de Cristo”. Eu, sinceramente, não acredito que tenha mudado o significado da Páscoa, mas digamos que sua repercussão nas pessoas, sim.
Primeiro, eu vejo o significado verdadeiro da Páscoa como “Libertação”. Então, fica a pergunta: “Mas e a Páscoa relacionada a Cristo, foi a ‘libertação’ do que?”
Bem, para o povo judeu (inclusive para os apóstolos) Jesus Cristo viria como um grande guerreiro, líder, que acabaria com o domínio romano. Entretanto, Ele veio como o filho de um carpinteiro, para servir, e se auto-intitulava “Filho do Homem”. “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”, foi isso o que aconteceu. O povo não compreendia que a verdadeira batalha que Jesus enfrentaria seria na cruz, contra a Morte.
E essa batalha Ele decidiu enfrentar e venceu por nós. E por meio dessa batalha, sim, ocorreu a verdadeira ‘Libertação’. A libertação da Morte, a libertação do pecado, a libertação da condenação, a libertação de qualquer obstáculo que nos impedia antes de conhecer a Deus e experimentar o Seu infinito e perfeito Amor. Essa foi a missão de Cristo: nos libertar da Morte para a vida!
É uma pena ver que tantos ainda insistem, mesmo depois de Cristo ter oferecido Sua vida para libertá-los, em se prender ao pecado e à Morte. Insistem em negar a cruz. Insistem em negar o perdão. Insistem em não reconhecer e viver à Luz.
“E a Luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio para testemunho, para que testificasse da Luz, para que todos cressem por ele.
Não era ele a Luz, mas para que testificasse da Luz.
Ali estava a Luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era Seu, e os Seus não o receberam.”
(João 1: 5 – 11)
E essa foi a Luz que foi crucificada para nos libertar das trevas no dia da “Libertação”: a Páscoa.
Uma Páscoa constante para vocês,
G. Saldanha.